quinta-feira, 27 de abril de 2017

O OUTRO LADO DO RIBEIRO DE CEDROM



Esperavam-No a vontade do Pai e a sua
Agonia, a noite e as flores cabisbaixas
E o sono dos homens
E um cântico corrente das águas do ribeiro
De joelhos na terra fechou a sua angústia
Na tristeza do jardim, na dureza do chão
Que não era o seu lugar, no calafrio
O suor caia sobre as suas últimas palavras
Então falava ao coração do Pai
E os discípulos dormiam – dizem
De tristeza, levaram-No ainda as sombras
Não tinham declinado.



21-04-2015

© João Tomaz Parreira 
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