quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Águas Vivas volume 5 - Antologia bianual chega seu quinto volume reunindo o melhor da poesia evangélica


A Antologia Poética Águas Vivas, seleção bianual que desde 2007 reúne a produção de poetas evangélicos que se tem destacado pela sua ótima produção, chega a seu quinto volume. O livro, de noventa e seis páginas, pode ser baixado gratuitamente. 

Prefácio

Costumo dizer que a poesia é a antecâmara da Fé. A entrega poética, o salto/libertação que o sentimento poético opera, prenuncia a entrega maior que a fé solicita. E este livro é uma obra de fé. A de quem escreve e a de quem lê, a de quem, em meio a tempos de furiosa turbulência e apressadas solicitações, consegue tempo e alma para adentrar esta antecâmara que fala de re-ligação com o divino.
Pois a caravana não pode parar. De diversos cantos, o canto dos peregrinos ainda faz-se ouvir. A primavera resiste. A poesia cumpre seu papel, supre alento aos homens.
Nesta nova seleta, como já é tradicional em Águas Vivas, reunimos a voz experimentada de poetas laureados à voz de jovens iniciantes nos meandros poéticos, promissores e já de forte expressão.
Uma outra tradição de Águas Vivas é promover e celebrar a fraternidade que podemos chamar de lusófona: Desde a primeira edição, apresentamos, junto aos autores brasileiros, a obra de excelentes poetas evangélicos portugueses. Neste volume, além da presença honrosa do pastor, escritor e poeta português Samuel Pinheiro, ampliamos nossa corrente fraternal até a nação irmã de Moçambique, na figura da jovem Carla Júlia, poeta cuja riqueza de expressão é de admirar. E não bastasse a reunião de tão boa poesia devocional, apenas isso -  a comunhão em livro de ótimos poetas de três continentes, três países da lusofonia – já seria um selo distintivo a chancelar a relevância de Águas Vivas.
O talento em comum é aqui o eixo axial a unir poetas tão díspares em estilo, que operam nas mais variadasfrequências poéticas, e que, juntos, dão o tom democrático que sempre norteou esta antologia. Da beleza clássica dos sonetos de Natanael Santos aos versos de moderna dicção e com um toque de poesia marginal de Newton Messias; da caudalosidade hermética de Jorge F. Isah ao poema franco e filosófico de Júnior Fernandes; da maturidade decantada de Samuel Pinheiro até os versos sublimados da jovem moçambicana Carla Júlia e à terna entrega devocional de outra jovem, Karla Fernandes, estabelece-se aqui a corrente confraternal que, tenho certeza, acrescerá encanto aos olhos de todo amante do verso inspirado.
É pois com renovada alegria que entregamos aos leitores este novo volume de Águas Vivas.
  
Sammis Reachers, organizador.

Para baixar o livro pelo Google Drive, CLIQUE AQUI.
Para baixar o livro pelo Scribd, CLIQUE AQUI.
Para baixar o livro pelo 4Shared, CLIQUE AQUI.

Caso não consiga realizar o download, solicite o envio por e-mail escrevendo para: sreachers@gmail.com

quinta-feira, 27 de abril de 2017

O OUTRO LADO DO RIBEIRO DE CEDROM



Esperavam-No a vontade do Pai e a sua
Agonia, a noite e as flores cabisbaixas
E o sono dos homens
E um cântico corrente das águas do ribeiro
De joelhos na terra fechou a sua angústia
Na tristeza do jardim, na dureza do chão
Que não era o seu lugar, no calafrio
O suor caia sobre as suas últimas palavras
Então falava ao coração do Pai
E os discípulos dormiam – dizem
De tristeza, levaram-No ainda as sombras
Não tinham declinado.



21-04-2015

© João Tomaz Parreira 

terça-feira, 7 de março de 2017

POEMA (Inédito)



“Were you there when they nail'd him to the cross? (Were you there?)

Tradicional cantado por Johnny Cash



Onde estava quando O crucificaram?
Poderia estar sentado à mesa
De trabalho, com a minha gata a dormir
Sob a luz do candeeiro, poderia estar
A ler um livro que me abrisse o mundo
Quando a madeira
Da cruz lhe feria os ombros de cansaço
E os cravos abriam a corrente do sangue
Ou a olhar pela janela que fica entre mim
E a chuva na rua, poderia fechar as pálpebras
Porque a notícia sangraria nos meus olhos
Poderia estar a pisar o risco onde parou
Nos escombros de Hiroxima
A humanidade do homem, e a culpa
Seria sempre minha no silêncio dos meus lábios.

07-03-2017


©  João Tomaz Parreira
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...